GEOPOLITICA NA MODA

BALENCIAGA 2022  

POR DENTRO DA AGENDA GLOBAL

Como o desfile da casa francesa de moda trouxe 

 a agenda climática como tema à passarela.

Uma das mais famosas grifes de alta costura, a Balenciaga chamou a atenção para a pauta climática nos últimos tempos em suas passarelas. No desfile mais recente da luxuosa casa de alta costura, looks inusitados com temas metereopáticos foram vistos na front row. A Balenciaga é uma casa de moda famosa, conhecida mundialmente e criada pelo estilista espanhol Cristóbal Balenciaga, considerado o arquiteto do haute couture, pelo seu amplo conhecimento de linhas puras e perfeccionismo, fazendo parte do Grupo Gucci, desde 2001. A brand queridinha de celebridades como Kim Kardashian, tem se mostrado ativa no cenário geopolítico global desde março de 2022, durante a temporada anual do Paris Fashion Week, onde expressou seu total apoio à Ucrânia, nação gravemente afetada pela invasão russa. Camisetas nas cores amarela e azul fizeram menção à bandeira ucraniana e foram colocadas em todas as cadeiras ao redor da runnaway. Demna Gvasalia, diretora da marca, também recitou um poema do escritor ucraniano Oleksandr Oles "Viva a Ucrânia, Viva pela beleza" durante o show. Recentemente a Balenciaga fez ativas doações ao Programa Alimentar Mundial da ONU para apoiar os refugiados ucranianos. 

Sabemos que o mundo pós-pandemia mudou para todos, senão para muitos... porém nem todas as pessoas desconheciam o que já era previsto de acontecer há muito tempo, a agenda global. Muitos de nós, já estávamos despertos do sistema que rege o nosso planeta, quanto as questões  governamentais, ambientais, sócio-políticas, religiosas, econômicas, entre todos as outros fatores, que determinam nossa vida como humanidade. Agora quem está na moda é a onda do #ESG é a bola da vez,  determinando não somente as pautas no mundo corporativo bem como aliando-se a agenda global da ONU, conhecida como #Agenda2030. A sigla ESG, vem do inglês Environmental (Ambiental, E), Social (Social, S) e Governance (Governança, G). Tal política de governança mundial corporativa, pretende avaliar até que ponto as empresas precisam trabalhar em prol dos objetivos e causas sociais de nosso planeta.

Como isso então se une a agenda da Organização das Nações Unidas? A Agenda 2030, é uma meta e ação global de desenvolvimento sustentável composta de 17 objetivos e 169 metas determinados à todas as nações, criados com o emblema à erradicar a pobreza no mundo e promover vida digna para todos, dentro das condições que o nosso planeta nos oferece, sem comprometer a qualidade de vida para as próximas gerações. Olhando assim, vemos que o slogan é lindo, não é verdade? Mas até que ponto, isso chega a ser real? A ONU declara que a  Agenda 2030 é universal, indivisível e integrada. Ela sintetiza as aspirações objetivas e integra as dimensões econômica, sociais e ambientais. Seu lema central é "Ninguém deixado para trás" e baseia-se em cinco princípios orientadores: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias. É através do princípio parceria que entra o papel das grandes marcas, luxuosas brands e celebridades mundiais. 

Cada vez mais temos visto nas redes sociais, o ascendente ativismo político de artistas famosos, defendendo causas sociais e posicionando-se sobre acontecimentos polêmicos ou cotidianos na condição de influenciarem às massas. Sê intencionado ou não, talvez nunca saberemos, fato é que pessoas são influenciadas, especialmente as que carecem de conhecimento geo-político e psicológico sócio - ambiental, fator estes que determinam desde as eleições de um país até opiniões mais simples do dia a dia das pessoas. 

Sabendo de tudo isso, podemos entender o porquê de tantas empresas, marcas e celebridades avançarem para emplacar pautas comportamentais, sócio - políticos, temas polêmicos ou sensíveis, que variam desde diversidade de gênero à agenda climática. Neste tópico da pauta global, como natureza e clima, medidas visam ser impostas sobre países, fazendo com que isso possa até mesmo afetar a soberania de países sobre seus territórios, como é o caso da Amazônia, que vem sido bombardeada nos últimos anos em summits e conferências de líderes e encontros globais. 

A partir deste entendimento, fica bem elucidativo às ações das grandes casas de moda e celebridades na tentativa de moldar a opinião pública inclinando-as para cumprirem a jornada politico social almejada como meta e conseguindo lucros pessoais não somente através de incentivos públicos como atraindo bons indicadores de marketing. Através deste artigo reflexivo, deixo o seguinte questionamento; "Até que ponto podemos e devemos ser influenciados e influenciadores uns dos outros?" Vale a pena comprar a ideia, opiniões ou artigos sociais, que nos são "apresentados à mesa" ainda que gostemos de uma celebridade ou brand de estilo? Pessoalmente... penso que não, mas até aí cada um responde por suas condutas, pensamentos, valores e princípios de vida. Contudo, a atitude única de cada pessoa converge no conjunto do todo, este é o lado real da vida e não somente mais uma ação de marketing sócio- político viral.* 

 

Até a próxima, amigos!

See you next time💋