Le tradizioni del matrimonio

POR QUE SOMOS TÃO TRADICIONAIS?


“Something old,
something new,
something borrowed,
something blue,
and a silver sixpence in her shoe.”

O tão famoso costume do “something old, something blue” da qual reza a rima… “Algo velho, algo novo, algo emprestado, algo azul e uma moeda em seu sapato” é uma tradição americana valiosa no mundo das noivas, tão conhecido globalmente que faz parte até mesmo de decoração em festas de casamento. Todo mundo que vai casar sabe que, as noivas ficam alucinadas com a indústria do casamento, que movimenta só aqui no Brasil R$ 16 milhões de reais atualmente. É uma infinidade de produtos, um mais lindo que o outro, capaz de realizar qualquer sonho! Mas de onde vem os costumes que conhecemos, acerca do casamento, o véu e suas cores, anéis de noivado, vestidos e tudo mais?


Desde os tempos bíblicos, o véu significa a honra, santidade e dignidade. Sendo considerado sinal da subordinação e lealdade, o que representa no casamento, o papel da mulher ao marido. No cristianismo, Jesus e a igreja formam um corpo, da qual Cristo é o cabeça, e a igreja se prostra perante sua majestade.  No casamento, o casal representa e se forma uma só carne, no qual o homem é o cabeça da mulher, e esta foi criada apartir dele e como auxiliadora esta sujeita a missão do marido, assim como a igreja está sujeita a Cristo, símbolo de sua honra.
Difundido pela humanidade, o  uso do véu esteve presente na cultura oriental , associado a Ishtar, a Deusa do Amor.Teria sido a primeira representante feminina a usar o véu, que fazia uma ligação entre a fertilidade e sedução, não demorando a ser um costume usado por mulheres mortais dos povos da Babilônia e Mesopotâmia, chegando depois até os gregos.
A cor branca, na antiguidade, já estava relacionada a pureza, porém o uso dos trajes matrimoniais brancos é atribuído à Rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX, que casou-se com vestido e véu desta cor e sem coroa, tornando, este, um episódio inédito.

Na Grécia Antiga, o véu era usado como parte da veste feminina da nobreza,  protegendo de males naturais como o sol, vento e insetos. Durante a cerimônia de casamento, a noiva fazia questão do uso do véu por uma questão cultural e religiosa, acreditando que estaria protegida de maus espíritos, infortúnios e possíveis invejosos.
A noiva romana rica, usava o Flammeum, um véu da cabeça aos pés com o mesmo intuito de protege-la . A mitologia greco-romana ligava o uso do véu à Deusa Vesta, que representava a  honestidade, proteção do lar e defesa da família. Quando chega o Renascimento, as apresentações das noivas passaram a ser cada vez mais luxuosas. Os vestidos eram de veludo, brocado, com o brasão da família representando a riqueza e o poder. A cor era de acordo com a casa de nobreza a qual estava se tornando parte. A tiara passou a ser acessório obrigatório e, é ela, a ancestral da grinalda. No fim do Renascimento, o preto passa a ser considerado uma cor correta a ser usada publicamente. Várias noivas adotaram este estilo gótico. 

Na Revolução Francesa o estilo luxuoso é deixado de lado para dar lugar aos vestidos mais simples, como forma de valorizar a pureza de caráter. Surge também o véu branco e transparente, tecidos de linho, lã e opaco. Josefina, esposa de Napoleão, divulgou a moda do vestido branco pelo Império e, a partir daí, a cor se tornou símbolo definitivo para casamentos.


  
No período do Rococó, as noivas se casavam com tecidos brilhantes, bordados com pedrarias, babados de renda nas mangas, decotes e cores apasteladas, lilás, pêssego e verde malta. Esses modelos foram adotados tantos pelas noivas ricas quanto pobres. Na cabeça era elegante colocar uma peruca com o pouf de sentimento, onde as pessoas colocavam cupido, foto do noivo, frutas para simbolizar a abundância no novo lar.

Em 1854, as noivas agregam como acessório para as mãos um terço ou um livro de orações como forma de expressar sua religiosidade. Depois da segunda metade do século XIX, o buquê passa a ser o acessório oficial para as mãos, por representar a paixão. No Iluminismo o vestido branco além de simbolizar pureza e castidade e luz.


Nos tempos mais antigos, era costume entre as famílias que o noivo presenteasse a noiva com um anel de noivado de grande valor tal como o diamante, que simboliza a rocha indissolúvel daquela união, os anéis de casamento não eram apenas um sinal de amor , mas também ligados à auto-outorga de dinheiro honesto entre as famílias, tal qual o dote. De acordo com o livro de orações de Edward VI era dito após a entrega do anel estas palavras "Com este anel entregue a ti, este ouro e prata eu te dou”, em que o noivo entregava uma bolsa de couro cheia de ouro e prata moedas para a noiva. Historicamente, o anel de casamento foi conectado à troca de objetos de valor no momento do casamento, como símbolo de amor eterno e devoção. 

Na Bíblia vemos que Isaque também ofertou dote a Rebeca. O dote de Rebeca foi o de maior proporção e riquezas da época. Foram oferecidos dez camelos (Gênesis 24;10) e vários utensílios de ouro. O dote sempre foi garantia econômica de que a noiva seria zelada e sua família estaria segura. É uma relíquia dos tempos, em que o casamento era um contrato entre as famílias, e não somente amantes individuais como nos tempos atuais.


O primeiro anel de noivado da História foi em 1477, o Arquiduque Maximiliano da Áustria pediu a mão de Maria, a Duquesa de Borgonha, com um anel cravado com pequenos pedaços de diamantes que formavam a letra “M”. Esse é o primeiro registro histórico de um anel de noivado. O anel de noivado logo virou costume entre a realeza, mas era algo inacessível para a maioria da população da Renascença, devido ao grande valor dos diamantes na época. Séculos XV, XVI e XVII – Os anéis Posie eram anéis com mensagens ou poemas, o mais comum era que as mensagens fossem escritas no exterior do anel, embora existissem muitos com mensagens gravadas no interior do aro. Nos séculos XV, XVI e XVII, na Inglaterra e na França, os anéis Posie eram um dos presentes mais comuns para representar o amor.


A grande maioria das mensagens está em francês, inglês e latim. Alguns exemplos de mensagens são: “o amor é o bastante”, “a esperança é a vida do amor”, “nunca me esqueça”, “duas almas, um coração” ou “apenas seu”. Para quem tem curiosidade, o Museu Ashmolean, em Oxford, na Inglaterra, possui uma invejável coleção de Anéis Posie. Durante os séculos XVII e XVIII, diamantes e rubis, tidos como símbolo de amor, eram comumente usados em anéis de noivado. Um dos estilos mais populares usavam gemas lapidadas em forma de coração. Antes do final do século XIX, era comum que algumas aspirantes a noiva recebessem um dedal de costura no lugar de um anel de noivado. Essa era uma prática entre alguns grupos religiosos, como o Amish, que pregavam a simplicidade. 


Em 1886, a Tiffany & Co revolucionou o mundo das joias quando lançou o Tiffany Setting, um anel de noivado com um diamante solitário cravado com seis garras. Esse design clássico possuía seis pequenas garras de platina, que projetavam, absurdamente, o diamante para fora do aro. Além disso, o Tiffany Setting maximizava o brilho dos diamantes. Assim, embora simples, esse design genial logo se tornou um padrão na indústria das joias. Em 1920 joalheiros e varejistas tentam lançar o conceito de um anel de noivado para homens. O produto foi um fracasso total. 


Antes de 1930, anéis de noivado com diamantes eram a exceção a regra. Outras pedras como rubis e safiras eram consideradas mais exóticas e, portanto, mais admiradas. Nessa época o grupo De Beers criou campanhas que ligavam o diamante ao romance. O conceito, rapidamente, ganhou grande aceitação do público. Hoje, anéis de noivado e diamantes caminham lado a lado. Durante a Segunda Guerra mundial, nasceu o mito, atualmente um senso-comum entre os norte-americanos, de que o homem deve gastar algo entre um e dois meses de salário no anel de noivado.  


O Mito da Vena Amoris, um nome latino que significa “A Veia do Amor”, reza a crença popular diz que essa veia liga, diretamente, o coração ao anelar da mão esquerda. Essa teoria, enraizada na cultura ocidental, é tida como uma das razões para o uso da aliança ou do anel de noivado no anelar da mão esquerda. No entanto, é válido mencionar que todos os dedos da mão possuem veias com as mesmas características. 


Enfim deixando superstições de lado, seja veia ou seja arroz (símbolo de prosperidade de acordo com a lenda), são coisas inventadas pelo homem que incrementaram tradições em todo mundo. A lei de Deus sobre o casamento não se trata de tradição e sim de instituição perpétua. O casamento é um mandamento aos homens desde a criação, quando em Gênesis 2,18 foi dito; “Então o Senhor Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". E ainda, “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O homem e sua mulher viviam nus, e não sentiam vergonha.” Gênesis 2:24-25. 


A melhor das tradições no casamento ainda é, o amor e a entrega do casal para que vivam, conforme uma aliança inquebrável e indivisível abençoados por Deus. 

Até a próxima*
JUST FINISHED!
BLOGDATATISOUZZA

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