CIDADANIA


“BRASIL, MOSTRA TUA CARA... QUERO VER QUEM PAGA... PARA  A GENTE FICAR ASSIM...”



Salve o Brasil! Um salve ao maior país da América do Sul, a nação multi-cultural, etnicamente diversa, um salve aos imigrantes, do monte Pascoal ao Império Brasil. O grito e a saudação que impera no país há 513 anos clamam todos os dias, nos 26 estados que geme no cotidiano do trabalhador, que salienta a terra das delícias, recheada de leis feitas para um povo acolhedor, terra do Cristo Redentor.

Brasiliana que sou, no meio dos 194 milhões, de face verde e amarela, fico bege todos os dias, cotidiano marcado pela palheta da esperança e do terror, guerras frias e quentes, internas e externas, interesses e filantrópicos  meu país tem um coração tão bom, que de tão passivo e paciente, o povo clama de dor.

Oh país bom! Por assim dizer, os marajás e corruptos te escolheram como nação, como paraíso, uns fiscais outros de exílio, meu Brasil Baronil, cheio de redutos e abrigos. Parafraseando Darcy,  seu reflexo literário, uma excelente descrição, deixa perplexo nosso brasileiro coração, nação  participante de tantas nações, eita coração europeu, índio e negro...fica o meu salve ao cunhadismo de Pedro. Grande, próspero e feliz assim é o meu país!

“O Brasil cresceu visivelmente nos últimos 80 anos. Cresceu mal, porém. Cresceu como um boi mantido, desde bezerro, dentro de uma jaula de ferro. Nossa jaula são as estruturas sociais medíocres, inscritas nas leis, para compor um país da pobreza na província mais bela da terra. 

Sendo assim, no Brasil do futuro, a maioria da gente nascerá e viverá nas ruas, em fome canina e ignorância figadal, enquanto a minoria rica, com medo dos pobres, se recolherá em confortáveis campos de concentração, cercados de arame farpado e eletrificado.

Entretanto, é tão fácil nos livrarmos dessas teias, e tão necessário, que dói em nós... A  nossa conivência culposa.” (Darcy Ribeiro).

Globalizados pelas correntes, as capitanias administram, com o eterno propósito, de colonizar a exploração. Povo rico, cheio de saúde, trabalhador, paga tributo sorrindo para o seu senhor, sempre contente, povo satisfeito, tudoesta bom, este é um povo bendito! Fiéis escudeiros, comparsas, coniventes e obedientes, a maior riqueza do Brasil.

Um povo que manda, mas não sabe mandar, tão rico que nem sabe como administrar. O que fazer com este povo que das riquezas não sabe cuidar? O que nos resta? Roubar! Um mandamento político, um gene com 500 anos de mutação, uma cultura ajeitada? Não sabemos. Mas vivemos. A televisão mostra e disfarça, corrompida esta mídia de massa, mas o patrão paga bem, que mal tem? O que importa, é que  ouro tem.

Brasil de muitas faces, de um povo honesto, que ora por justiça, e reza por caridade, nos terreiros sacrificam pela falta de liberdade e cegueira de coração, caras pintadas que gritam nas ruas em busca de leis,  profissão mensaleiro,   político por opção,  que “por falta de mão de obra qualificada na terra do rei” ocupam locais dantes destituídos, se fazem honrados. Brasil que não enxerga, por que não gosta de ler, que lê mais ignora o que vê. Brasil do americano, espanhol e do cubano... aqui você manda e joga xadrez. Todos honram a rainha, que só se esquiva do jogo, o rei vai a frente, para que ela fique em evidência,  por que quer estar no posto outra vez.

Nas margens plácidas do meu país, eu grito o meu sonho intenso, viver na terra dourada, cheio de filhos bravos,  heróicos, que lutam por justiça e se erguem da  servidão. Ó Pátria Amada, te darei sim um salve, mas não te idolatrarei, por que, tens que aprender a sair deste berço esplêndido, no qual deitaste e deixaste com que a preguiça e os cupins fizessem morada. No dia em que abandonares a glutonaria da pizza e mostrar-te rei! Sacode as pulgas e te mostrará  retumbante, Ó florão da América, país abençoado por Deus, teu nome é Brasil! 

Deixo dito,
Brasiliana Tatiana.

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